Por: Maiara Cecília
Gosto quando o espaço disputado fica pequeno nas minhas historias
verídicas.
Gosto quando precisamos de uma agulha para dar conta de tanta linha e
olha que não foram nada além dos botões de uma camisa.
Como eu disse certa vez: O amor corresponde à arte, mas não à vida em
si.
Gosto de superar desafios da profissão de instigar você, leitor, com a
ambiguidade das possíveis figuras de linguagem.
Pobrezinho!
Sei que, o deixarei com mais gastrites nervosas, porém vou
tentar não ser tão má.
A vida real em si é muito ‘sem sal nem açúcar’. O universo de Dionísio é
bem mais chamativo. Estou ciente de que talvez, após interpretarem os
textos, venham a me culpar por indícios do pecado da luxúria, da
insensatez... Mas o que, afinal de contas, posso fazer? Talvez este seja
meu papel: transformar a humanidade, mas não entendi ainda com que
finalidade, talvez quebrar padrões, com a mesma facilidade com que
falham interruptores de luz dos cômodos, sei.
Talvez no que isso tenha te levado a pensar, vejo que continua espevitado
como sempre, agora sim você me conhece mais do que nunca! Continue
apostando no lado incerto da mesma moeda: vá em frente!
Não faz parte de mim este universo todo florido e cor-de-rosa do qual de
longe as mentes conservadoras pedem, por mais um desse jeitinho todo
pomposo (não a todo o momento).
Falei também que gosto de xícaras de café nada exóticas, de forte paladar;
gosto de provar chocolate, porém prefiro contar sobre um amor
vagabundo que sempre seduz, que gasta saliva no batente da porta, à
meia-luz, como se ainda fosse a primeira vez que fazemos um tour típico
de felino pelos telhados nas noites azul-hortência (ou, se preferir,
horizontes roxo-cintilantes adentro).
Adoro aquele cheiro, que me remete ao tilintar delicado e desconhecido,
ao qual somente sou guiada pelo olfato, como se descesse por minha
garganta como um fruto proibido e que, de tanta ansiedade por isso, eu já
nem desse a mínima para os seus ardentes perigos.
Que coisa, hein! Alguns costumam de forma bem humorada, dizer: “Que
mais a senhorita vai aprontar desta vez?”
Eu costumo pensar que não
desejo arrumar confusão, apenas dar vazão ao que sinto, porque se você
não aceitar a si mesmo, quem mais o aceitará?
Será que posso cogitar admitir que tenho um lado obscuro?
Será que desvendo os pecados no silêncio, como todo gênio já está
habituado a fazer?
Viu? Eu disse que minha vida não se resumia apenas a salto alto e ideias
que surgiram de vidrinhos de esmalte, mas já que insistiram por novas
páginas, sejam bem vindas a elas, só tomem um pouco mais de cautela
quando perceberem que até o abajur que ficava em cima do criado estiver
novamente pendendo para o lado.
Que outro caso será que virei a lhe contar?
Se bem que, esse caso é tão
extenso, porém ao mesmo tempo tão divertido, eufórico e inebriante,
confesso... Que não me dá o estalo repentino de audácia, ou atrevimento
de simplesmente finalizá-lo, como qualquer uma outra memória apenas
vivida.
Dentre tantas outras que foram despercebidas, passaram como os
demais dias, “em branco”.
Bom, meu bem por enquanto eu acho que no mais é só isso mesmo tudo bem assim.
E hoje e sempre é claro que para você meu bem assim que talvez como para mim, muita paz, muita alegria e também que muita inspiração então daqui para frente, certo!
Então, enfim...Até, querido (:
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