Por: Maiara Cecília
Chega um determinado momento da vida em que mais
sozinho um alguém se torna.
Mas, nem sempre isso talvez queira dizer que mãos pequenas
e frágeis não possam construir um mundo bem peculiar.
A vida e a morte são belas por si só. Porém, o que
mais assusta uma pessoa pode vir a ser a ideia que não é tão simples assim, que
para que ela possa então se amar e se sentir como sendo parte de algo também, ela
precisa primeiramente estar disposta a se desprender por inteiro de praticamente
tudo, dela mesma, do seu terrível silêncio que a acompanha de certa forma todos
os dias e dos seus tais perfumes...
Ás vezes, eu juro que eu gostaria muito de ser outra
pessoa e vontade de fazê-lo eu acho que isso sempre, me ocorreu.
E ás vezes isso também, esse espanto é uma coisa boa
porque se você não se dispor ou pelo menos vir a tentar um dia se dar uma
chance para que você possa nesse caso conhecer o outro então, eu passei e
passei mesmo a me surpreender mais ainda com a conclusão de como a vida
atualmente nos engana em muitos dos sentidos.
Por que por exemplo, ás vezes quando você passa pela
rua uma outra pessoa divide então quase que a mesma calçada apressadamente e
ali naquele exato momento querendo ou não meio que automaticamente a sua mente
colhe certas impressões sobre aquela outra pessoa ou seja se ela sob o seu
olhar mais atento passa a ser considerada como sendo bonita ou feia.
Mas, em contrapartida o outro não faz ideia naquele
exato instante em que os seus pés disputam acirradamente o mesmo pedaço de
concreto sobre você a menos que você então se atreva a dizer-lhe alguma coisa
que quebre finalmente esse espanto que talvez possa existir entre ambos.
Mas, a vida e
o medo caminham lado a lado como se eles fossem praticamente devotos um do
outro assim como o açúcar se faz como sendo um sob o leite morno.
Então, os vivos eu passei a pensar eu acham que não tem
tanto medo assim das pessoas que talvez já se tenham ido. Porque eu passei a
pensar que as pessoas então que já se foram é que na verdade talvez não vejam tão
mais sentido na vida que as pessoas que estão vivas aqui na terra é que estão levando
agora.
Porque pensando bem, querendo ou não quando você resolve
parar e refletir um pouco mais sobre tudo o que você está fazendo e de tudo o
que você ainda irá fazer não tão tarde você passa a se dar conta de que sem
Amor, sem paixão por aquilo que você então está fazendo mesmo quando você recebe
um afago ou quando você decidi se deixar envolver em outros risos e abraços que
você então se dá conta e eu não sei por que talvez, no fundo bem lá no fundo e
isso quem sabe talvez seja algo que ocorra até sem querer que você pensando bem
se essa for enfim, a questão que você apenas marcará ainda sim a outra pessoa mais pela sua ausência
e não tanto pelo fato de você estar ali pele com pele e lábio a lábio, junto
dela.
E isso é bom? Quem sabe não é... Pode ser.
Por quê não?
Afinal, quando se ama eu fielmente acredito que se
passa a ter tudo.
Mas, não indefinidamente nesse caso por que até
mesmo os afagos e os risos uma hora ou outra quando menos se espera por
qualquer outro motivo bobo talvez, de repente, se calam.
Então, eu nem sei ao certo porque agora nesse exato
momento eu te escrevo mais alguma coisa que veio então talvez, do meu tédio
pelo não saber o que se passa no meu intimo agora, ou se talvez tenha sido por
causa do silencio que na verdade agora não me dá nenhum prazer e que pelo
contrario pensando bem mais me desagrada isso sim.
Porém, eu só sei que por enquanto o que eu mais
desejo nesse momento é talvez pensar melhor e considerar um pouco mais a ideia
de quero viver. Mas, viver mais por prazer na sua forma mais intensa e absoluta
meu leal amigo e não tanto mais de uma forma tao tosca e puramente tão mais mecânica,
onde não se tem mais tanta alegria nem êxtase...muito menos sonhos, mas apenas
dois corpos, duas mentes e outras almas tão mais rudes e distantes do mesmo
modo e o pior disso dividindo o mesmo espaço pudera.
Então, no mais boa sorte pois eu acho que é só.
E desculpe, sim se acaso eu apenas lhe escrevo agora
por que apenas escrevo meio que
puramente sem mais nem menos, está bem.
Até.
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