domingo, 14 de abril de 2013

Sete Passos


 Por: Maiara Cecília

Arruma aqui, ageita ali, o relógio já me faz despertar!
Tempo precioso, de começo tudo se parece um alvoroço, mas com paciência cada coisa,
 acaba ficando no seu lugar.
Em certas memórias, se não vier a falhar realmente, se tem muito pano para a hábil agulha.
Dias radiantes, de perfume doce, acariciando a alma ás vezes, tímida, pode acreditar.
 A cada dia, se tem uma surpresa, algo que ainda se tem para fazer, basta olhar e entender, que quem não, quer
perder o rumo tem que ser pontual, nesse mundo.
Dobra, desamassa com carinho, as roupas estão pré-dispostas nos cabides que bom, bem rapidinho.
Se bem que, se precisa de mais etapas para se fazer tudo isso, confesso.
Um pouquinho, de café com leite e na mão o casaco, de algodão, pé ante pé aprendendo, com os pingos nos is, a ter
mais disposição.
 Deixo antes, de partir fechada á porta, o calendário espertalhão me surpreende mesmo que, no celular com mais
uma Segunda-feira, que confusão!
 Prefiro, então não me parecer por qualquer que seja, a razão ansiosa, mas também não rancorosa.
 Onde nem sei, ao certo qual é a estação, sei que tenho consulta, mudaram os remédios...
Como se para viver déssemos importância talvez, a espremida bula, dentro da guerreira caixinha, essa também, por sorte sobreviveu
a impaciente faxina alheia, pobrezinha!
E lá se vai, para a vida que segue, a rainha das estradas tortas de esquina em esquina, render-se, ao aconchego da Cidade grande.
Quem dera, ela que sempre acreditou na independência da mulher, tem que dar de si mais do que, pode.
Felizes dos homens em casa que levam a vida um pouco mais sossegada, futebol e petiscos, Please!
Algumas flores em meio ao concreto, sorrisos, abraços ás vezes, também ocupados, porém, com afeto.
Nos jornais até, os cães amigos dos homens, não andam nos seus melhores dias, e assim tudo graças á Deus recomeça.
E eu que pensava que, só os gatos fossem assim, mas quando a gente acha que já viu de tudo e ai que percebemos,
que o que conhecemos talvez,seja ainda pouco, mesmo que em segundos.
Arruma-se papeis, livros, canetas, juntos ao criado, e quando a noite chega ou me rendo á um drinque Rosé pelos cantos, aguçando os ouvidos,
 para as histórias, ou quando sem perceber se fizer à hora, ainda que garoando disponho, o cachecol e me rendo aos sonhos de Amor, prestes a
reconhecer o ruído da maçaneta.
 Feito a uma criança que, ao pé do travesseiro ainda mesmo que cansada e com fé em relação, a alguma melhora me esperam.
Quantos, já não conheci, talvez, até tenha seus rostos gravados, mas quem diria, a sete passos dessa jornada como Mulher até, meu corpo,
meus sentidos, foram embalados e com instruções que não sei se muito valem, os devolveram, para mim.
E de fato, de hora em hora, ando me sentindo inerte, meio que desavisada, a temperatura do corpo sobe, meu “eu” será que, é o mesmo de antes?
Ainda não entendi, o que houve, desculpem por mais que já, me explicaram.
O que é que, eu faço?
Até quero, as estrelas, mas me parece que essa ainda será, mais uma fase de chão!               
Fui para capital atropelando, outras coisas corriqueiras, mas, por lá que pena, muito requinte pouca despreocupação...
Poesia melimetrada, sem improviso, sem ser saboreada com gosto, tédio para todos os lados, maciço!
Muita eloqüência, tudo bem a aparência, mas, que culpa me pergunto, tem os pequenos que só querem brincar?
Vou lhe contar, outro pôr - do sol que por janelas pequenas não vi, mas quem dera, os arranhásseis e o Jazz de praxe,
 providenciam o beijo de boa noite, que naqueles dias não puderam, me ser dados porque, o Lar não era, o lar.
O quarto, branco e frio de instante, de mim se tinha pequenas coisas, mas aquelas coisas não poderiam por tanto,
 tempo ficar também.,Logo me mudei, uma façanha quem sabe, até, para um caracol!
Mas, quem dera pelo menos, com a cara a tapa, fui além, mas se for assim, que tolice porque ainda por um,
me encolho num canto se a outros no lixo, no luxo que talvez, vão me querer?
E é isso o que vou fazer, dar tchau ao passado, levar fé e papel para rabiscar algo e explorar, o novo!
Pronto, já sem choro nem mais vela, me decidi.
Vou dormir com os anjos assim, espero, se eles não conflitarem com os diabinhos.
Levo o dia-a-dia com atitude e esperando quando possível, encontrar coragem numa simpática, prece.
Já tentei ser mais santa, mas se digo surpreendo algum conservador, se não digo sofro por não brincar, para como dizem: “Quebrar o gelo”.
Já me convidaram para ir ao culto, mas não quis, não por descrença, talvez seja, porque será que, sou alguma candidata a ganhar,
 mesmo uma aureola?
 Porque pensando bem, acho que iam ter que fazer uma lista tanto daquilo, que fiz, quanto daquilo que, deixei escapar.
Haja, Paciência para conhecer, tão rebelde criatura, aliás, será que a serpente não é a minha xará?
Uê quem, sabe talvez, seja alguma coincidência, vai entender.
Um brinde, sem duvida aos caminhos tortos, caíram confesso tão bem, como a botas de inverno!

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