quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Texto de hoje do Jornal dia 24-12- 2015 certo!

O Natal de Clarice
Por Maiara Cecília
Clarice de Almeida Campos... E pelo o que aquela mulher Magra, alta e ruiva conseguia se recordar nesse caso era o fato de que toda a historia de vida de uma pessoa comum que se preze, não é mesmo tinha que ter ali um começo, um meio, e um fim ligando cada uma das possíveis novidades e das quedas que se seguiriam talvez.
E ela não tinha certeza se isso talvez seria apenas uma boba intuição, mas, na noite de Natal quem sabe algo mágico poderia estar prestes então a acontecer e quem sabe, isso lhe seria como que uma estrela que finalmente traria um pouco de luz ao seu coração!
Porém, essa era uma pergunta que normalmente não se calava tão fácil na sua mente:
- Bom, não que eu talvez esteja esperando muito, mas, o que poderia ser tão magico dessa maneira para uma mulher de trinta anos e solteira?
E ela quanto mais caminhava pela rua ainda sim, olhava para a vitrine de uma loja , alegre e empolgada  como uma borboleta quase que vidrada admira o brilho talvez de um abajur que está na sala.
E essa talvez, seja a mágica da vida, pois, uma borboleta muitas vezes não faz ideia do que possa ser uma sala. Mas, ela apenas segue o seu instinto de inseto onde percebe que o que está a sua volta apenas é mais um espaço imenso do qual ela pode então livremente explorá-lo.
E ali naquela noite fria e nostálgica a primeira ideia que realmente passou voando pela sua mente na verdade foi:
- Ah, como eu queria aquele vestido florido para mim!
Mas, depois outra triste conclusão naquele mesmo instante a fez infelizmente desistir da ideia que a deixara mais feliz:
- Puxa, mas esse mês a coisa já está difícil. Então deixa para lá, fazer o quê.
E já que a ideia de lhe dar mais um presente acabou  não sendo a mais conveniente ela foi até um café próximo e pediu emprestado o jornal e um capuchino o mais sem lengalenga o possível é claro.
Passado alguns minutos, como ela estava em uma mesa mais ao fundo , por que o que ela menos esperava era ser notada e ter que puxar naquele momento quem sabe conversa com um outro alguém mais estranho do que ela, a Mulher leu algumas noticias que lhe parecia não fazer muita diferença no jornal e bebericava pouco a pouco a bebida que havia pedido.
E pelo o que dizia a moça mais jovem e loira da previsão do tempo como se não bastasse o friozinho hoje ainda viria à chuva.
Bom, foi só pensar que aos poucos a chuva foi chegando então bem de mansinho e como que em um movimento ainda mais rápido Clarice pagou pelo café e foi saindo com o seu  guarda-chuva vermelho dali e pobrezinha desastrada acabou deixando em cima da mesa o jornal que acabou ficando então ensopado, quando ela na verdade se deu conta do seu esquecimento.
Mas, agora aquela altura já era quase impossível voltar no tempo e pedir desculpas a garçonete que tinha lhe emprestado então o jornal, com toda a gentileza e paciência que poderia existir no planeta.
E assim, ela novamente parou e percebeu debaixo da sombrinha que estava na rua daquela mesma lojinha da vitrine com as bolhas.
E ela voltou a olhar mesmo que sem entender muito o que estava fazendo se sentindo meio que boba interiormente para o mesmo vestido de que gostou muito.
Só que assim, enquanto ela meio que perdida sentiu que voltou a olhar para a mesma lâmpada assim, como fazia a borboleta um rapaz passou por ali também.
Alto, de olhos claros e de um sorriso bonito e assim, os olhares de repente se cruzaram e o coração dela quase que escalou o topo da sua garganta.
E ela, ela não tinha coragem para naquele momento quem sabe vir a dizer coisa alguma.
Mas, o rapaz, porém lhe retribuiu o mesmo sorriso imenso e doce e quando ela estava se virando para ir embora, talvez por que isso fosse o melhor a ser feito ele então lhe exclamou:
- Clarice, não é...
E ela então respondeu por ora surpresa:
- Sou sim, mas como você sabe o meu nome hã?
Então ele novamente sorriu e a segurou pela mão:
- É que bem, eu não sei como poderei lhe explicar o que aconteceu mas uma vez eu fui a uma cartomante e ela começou a me contar sobre qual seria o meu destino.
- E não, é que eu realmente acredite em toda essa conversa estranha, mas, ela me disse que quando eu menos estivesse esperando que eu encontraria o meu verdadeiro amor com uma moça chamada Clarice – Ele tentou lhe explicar melhor o que estava então se passando.
E ela então apenas, fez que sim com a cabeça e sorriu naquele momento enquanto os dois estavam debaixo da sombrinha vermelha, enquanto a chuva ainda fazia aquele barulhinho gostoso e fresco enquanto ele beijou a sua bochecha.
E por fim, ela apenas guardou uma pequena felicidade para si apesar de todo o azar  pelo o qual acreditou ter passado naquela fria sexta-feira:
- Nunca se está velha demais, ou sem sorte demais para que a vida ainda sim lhe dê um verdadeiro presente de Natal!
Ela ainda sim, constatou aliviada:
- Puxa, ainda é cedo para perder as esperanças.

             Fim.

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