Por: Maiara Cecília
Me pus a pensar, a refletir com relação ao fato de que na verdade estava covardemente fugindo.
Não aceitando a mim mesma, me escondendo numa imagem produzida com um pouco de batom e laquê, achando que isso me protegeria do que ainda me intriga, me machuca.
Mas, o que acontecia era o contrário, eu não sabia mais quem realmente era.
Estranha e deprimida, tentando obedecer ao que não lhe cabia.
Não, que não seja bom que tenhamos um pouco de vaidade, que não seja importante nos valorizarmos.
Porém, precisamos acordar e perceber o que não está certo, o que já parte para o exagero!
Estou cansada, confesso! Meu corpo cada dia mais dói, sei que amanhã terei mais louça para lavar e mais algumas roupas secas para guardar.
Isso não é tão ruim assim, pois ainda tenho o privilégio de estudar, de ter passado por tanta coisa, se assim puder chamar de desagradável e ainda sim, resistido à saída enganosa e aparentemente mais fácil de desistir, largar tudo.
Tamanha e traiçoeira ingratidão!
Tinha noites, em que queria o carinho de minha mãe e seu calor protetor, tinha noites em
que, queria a bravura sem travas na língua de minha avó, para sempre surpreender no lado mais humano.
Mas, agora estava a me queixar, a chorar dor em que cada vez mais se pode acomodar ao invés, de reanimar o âmago!
E se você por um acaso, parar para pensar sem a sua coroa cheia de lacinhos e enfeites de espelhos românticos, veja que entre o seu ser real existe uma imensa diferença com relação ao maquiado, ao produzido.
Se parecem duas fisionomias da mesma e talvez, isso também aconteça com a vida lá fora. Pois, ao mesmo tempo em que, alguém em sua vida quase que “burguesa” com lápis de cor espera por um jardim perdido e encantado, outros tem receio de perder se dormirem demais o horário.
Pequenos seres que mais cedo se tornam gente grande, sem saber que serão seus próprios heróis para lhes reconfortar também nas suas tais dificuldades.
Meu pai, com suas firmes lições, me fez perceber que ainda sim é vida mimada e que num relance de estresse quer jogar tudo pela janela impaciente, sem saber o que pesa mais o intelecto e o ideal de "Carpe Diem", ou trabalhar sem conforto de sol a sol.
Afinal, é ele que me fornece tudo o que necessito:
Um teto para me abrigar da chuva, um casaco macio para me proteger do frio e também um travesseiro para descansar, ai venho eu tudo arruinar querendo saber do que se tem lá fora, sem valorizar o que estou a viver.
O mundo de certa forma é um pouco cruel e desigual, pois, você egoísta acaba sempre se preocupando consigo mesmo tanto, mas, tanto que no fim você não quer aceitar o fato de que está crescendo, pois, só quer ficar na sua própria fresca sombra.
Que, você mesmo é que vai ter que conseguir as suas convicções, que nem sempre você ouvirá apenas flores, mas também terá que Respirar fundo ao pé da cama, para lidar também, com os espinhos, seus fantasmas e dores.
Abra os olhos o quanto antes, para ver!
Pude notar sendo mais sincera que:
A vida é estranha, porque nem sempre se é fácil estar na vida real e depois, antes de dormir
ainda sim, sonhar acordado com bucólica poesia.
É o mesmo talvez, que se alimentar de algo não encontrando saciedade para sua fome de não sei, o quê.
Ou por exemplo, no caso do amor pois, quando você acha que tudo se resolveu é ai que o destino coloca mais uma carta na mesa, da qual você não estava esperando por ela.
Vou admitir com humor desordeiro:
Teremos pelo visto, mais surpresas, mas e agora que farei?
Afinal, não chamei a maré feito caranguejo ela é que deu de aparecer!
Então isso pode acarretar uma confusa indecisão, ou mesmo que, ainda uma outra maneira bem mais talvez, inteligente de não se dar um passo precipitado e de adquirir algum aprendizado, com mais essa possível experiência.
Mas, para que essa vastidão possa ficar ao seu critério ao mesmo tempo, que é preciso também se conseguir enxergar não somente com o auxilio do outro, até porque os sentimentos não são delimitados e também já não temos mais um ditador que nos impeça de expandirmos os nossos pensamentos, também consigo ver além do que as palavras, apenas seriam quem sabe, que então nesse tão aparentemente simples mas, ao mesmo tempo eu diria, que tão mais surpreendente e ao mesmo tempo tão mais revalador instante em que na verdade talvez, eu esteja tendo que lidar em algum tipo de luta interna comigo mesma e não pensando bem, que em relação os outros, sabe.
Pois, hoje pensando bem quem diria que eu mais cedo ou mais tarde acabaria me dando conta de que o conseguir vir à ser feliz nesse mundo meu bem que, isso é uma certa habilidade que a própria pessoa vai tentando desenvolver com um pouco mais da tão sagrada virtude da paciência com o passar do tempo,entende.
Até porque, quem diria que de repente a própria vida em si me traria mais e mais formas de conseguir ser capaz de encontrar o amor e de vir ao mesmo tempo de me deixar praticamente de "pernas bambas " ao vir a me dar conta finalmente de que sempre estive, que fui, e que já sou um alguém livre mas, que o grande problema é que muitas vezes os meus próprios olhos é que distorciam de alguma forma tudo isso, essa tão mais fascinante oportunidade que hoje eu sei que posso vir à ser um alguém capaz de escoolher só que até então o meu coração é quem talvez estivesse tentando se ilsolar a cada instante na ta chamadal da Ilha das queixas.
O que pensando bem, eu acho que essa é até uma possivel lembrancinha de bolso que todo o adulto conforme vai crescendo, e que com o passar do tempo infelizmente queira sim, queira não acaba ganhando como naturalmente acontece, entende.
Bom, por hoje meu bem eu acho que é só isso pelo menos...Bom, por enquanto okay!
E lembre-se é claro que, hoje e sempre muito, muito, amor apesar de tudo tá bom :)
Um abraço e até mais, querido.
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