Por: Maiara Cecília
Aos fundos da Igreja havia um quartinho onde ficavam coisas, e coisas que cada vez mais ali
me pareciam mais que estavam então amontoadas.
O pastor aquela altura já estava praticamente a mais de duas horas lendo alguns dos
Versículos da Bíblia e ele quase que fazia naquela noite mais fria e um tanto o quanto
inesperada de Domingo com que as pessoas que estavam então ali presentes não viessem a
pegaram no sono enquanto estavam sentadas ora o ouvido, ora não.
E assim eu que estava sentada em meio a um dos bancos em uma das fileiras do tal salão.
Salão, bem espaçoso, iluminado e com muitos outros vitrais multi- coloridos.
E então, quando eu me dei conta de repente havia uma outra menina ali em meio a aquela
multidão de pessoas que talvez estivessem ainda sim buscando algo em que de muito especial
elas pudessem virem á acreditarem.
E ela ainda me olhava e olhava com aquele olhar suave, mas, ao mesmo tempo fixo.
Com um sorriso daqueles feito á um menino quando se encasqueta com alguma coisa que
talvez pudesse estar lhe ocorrendo bem lá no fundo, no fundo, dos seus pensamentos.
Sua pele era clara e macia, seu cabelo mais cortado, seu corpo meio que esguio de Jeans e
camiseta e eu que coincidência como não era muito fã de vir a buscar a Jesus com roupas um
pouco mais digamos que, formais fui quase que trajada com mesmo assim que como também
usando tênis.
E não demorou muito até que ela que mais me dava à impressão de que era ele segurou
lentamente em uma de minhas mãos e me disse o mais baixo que podia:
- Mas, e você que é tão bonita do que gosta, hã?
E eu naquela ora só me lembro de que tremi por dentro feito a uma gelatina de morango em
um daqueles potinhos de plástico bonitinhos que depois acabam sendo praticamente que
esquecidos na nossa geladeira.
-Puxa, eu na verdade, eu ainda não sei bem...
Eu lhe respondi na verdade ainda o mais discretamente naquela situação que eu pude. Mas, é
claro que as palavras nem sempre devido ao nervosismo saem ao certo da minha boca.
Até que, ele logo me sugeriu:
-Olhe, se achar melhor nós podemos conversar um pouco mais talvez até que em um outro
lugar onde você não se sinta assim tão sem jeito, não é?
Então, bem como aquela altura talvez eu estivesse realmente pensando na ideia de que muitas
vezes a felicidade na vida da gente pode acabar vindo de uma forma digamos que, completamente inusitada e ainda de certo sentindo como que se o meu coração estivesse
escalando o topo da minha garganta eu me deixei ainda que pouco mais hesitante por ser
conduzida por meu mais novo” Milagre”?
.
Bom... Eu havia chegado até ali naquele quartinho dos fundos de uma igreja por uma menina
que na verdade, mais gostava de ser visto como um menino e, aliás, ela não tinha pelo o que eu
consigo me lembrar nessa minha tal memória praticamente quase nada que me fizesse ainda
sim vir a acreditar de que ele era então uma menina.
Pois, quando ele me encostou contra uma das paredes empoeiradas do tal quartinho que foi
dai em diante que eu cheguei à conclusão de que de fato, ele era apenas o que ele mais queria
ser e que o que eu na verdade, pensava ou não ali que isso na realidade não fazia mais sentido
nenhum.
Por que quando, eu comecei a sentir o quanto a sua língua parecia brincar em uma vai e vem
terno e ao mesmo tempo quente sobre o meu pescoço, ou mesmo quando as suas mãos
pareciam que estavam puxando com mais força o meu cabelo ele tirou a camiseta e eu senti o
seu corpo reto feito à uma tábua tentar se encaixar ali naquela nossa valsa desengonçada indo
de encontro com o meu.
Só que ali eu tentei, e tentei mesmo ainda sim ir embora dali e relutei, aliás, corajosamente
como até então eu achava que conseguiria.
Mas, o inimigo ainda sim tinha uma arma muito mais poderosa naquele momento do que eu
se isso for comparado com o meu temperamento para lá de forte e a minha teimosia.
E isso foi justamente quando ele me beijou os lábios abruptamente e quase arrancou com uma só mordida um pedaço da minha língua que ainda sim, tão corajosa e teimosa quanto eu a tentar
se desenroscar em meio ao desespero dos seus dentes.
Ah, meu Deus e naquela ora eu não sabia se o Senhor que era o bom pastor conseguiria
salvar mais uma dentre as suas ovelhas.
Mas, isto é será que ela estaria esperando por vir à ser
salva na realidade?
E quanto mais o meu corpo se chocava com a madeira mais as paredes e portas
estridentemente também rangiam, até que ele levantou a minha blusa e trouxe a língua que
ficou mais para perto tocando um dos meus seios e ali ah, ali triste derrota foi a minha, pois, o
que naquela noite eu mais poderia fazer a não ser a ideia de vir à me render e a me deixar
tremular por fim feito a uma bandeira nos braços de meu tão persuasivo então oponente.
Ah, seu calor, seu suor, sua língua, seu mar de caricias e de palavras tão doces ao pé de meus
ouvidos que, não!
Naquela noite sem estrelas, eu decidi parar de tentar inutilmente confrontá-lo e resolvi me
deixar envolver, por me deixar me enlaçar nos braços até então insaciáveis e ao mesmo tempo, tão mais prazerosos do Amor.
Bom, por hoje eu acho que é só isso tudo bem.
E lembre-se apesar de tudo muito, muito, amor okay (;
Um abraço e boa sorte também para você, querido.
Até mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário