sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Chicletes


 Por: Maiara Cecília

Tomei um gole de café, gole que permuta ora doce, ora amargo!
Quantas coisas absurdas... Me surpreendi, com o receio de refletir e perder então o fio da meada.
Ah! Se eu lhe visse, perderia a noção do tempo, não me encontraria estando calada.
Peguei meus tênis num canto do quarto, quase sem notar se achavam nos instantes, desarrumadas as gavetas.
Me deixei caminhar em oração pelos mesmos, trilhos da crença no inocente Amor.
Ontem, não tinha como não pensar em você, ainda mais que demorei para dormir revendo em minhas  idéias para mais uma atualização seu sorrir, seu jeito brincalhão do qual me fazia tão bem, tão feliz!
Em pensar que, a primeira coisa que notava era, a essência do seu olhar.
E é ainda de longe, de perto bonito e direto, mas ao mesmo tempo, se esconde ali uma certa timidez.
Raramente se nota algo assim, e hoje esse som de baixo me lembrou a você em sua meninez arranhando alguns acordes no violão.
Me lembrou a você a mesma  paz que sentia quando o notava de repente, passando pela minha vida mascando chicletes e surrando o jeans em calçadas.
Em pensar que, quantas vezes eu não fiz mais...
Em pensar que, quantas vezes eu não fiz mais para você notar.
 Notar sei lá, algo diferente e confuso, talvez.
E hoje, é difícil para mim dizer que não lhe quero, é barra me por assim, a negar!
Manhã, azul de sol na minha janela quem me dera, de última hora ter melhorado tais versos.
Manhã, de sol e com você a vida com certeza, se parecia mais bela apesar de ser também, nada mais do que uma ilusão.
Tal memória nada mais é do que me achar ainda na contramão.
Em pensar que desde de criança ouvia dizer: “Que a gente não corre atrás do amor, é ele quem se mostra, que decide esbarrar em nós, mesmo que duvidosos de nossa própria sorte”.

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