sábado, 23 de fevereiro de 2013

Inferninho


Por: Maiara Cecília

Leve-me com você dessa vez, para aonde quiser!
Ao seu lado, de preferência mais oculto e selvagem do seu ser.
Não se preocupe, pois, meu pai não irá nem, saber!
A casa está vazia, todos se foram então, apague ás luzes e vamos, descobrir essa tênue linha entre a áurea e a febre, que continua queimando.
E...Eu quanto, mais me afasto de tal confusão, não consigo resistir.
O doce sabor, das tentações!
Essa coisa, de ser boa moça não é comigo apesar, de não desprezar a fé.
Mas, hoje serei uma pecadora caminhando por entre, os seus sinuosos abismos.
Hoje, serei uma pecadora, a vitima sem esperar por ser salva, do seu inferninho!
Meu crime é ser prisioneira dos meus eufóricos desejos, pertencer a sua luxuria.
Hoje, antes de dormir farei uma prece, porém, ela não fará efeito novamente, já que me lembrarei do que fizemos, de nossos segredos e histórias, sem culpa.
O silêncio em breve, será quebrado antes, de adormecer por um raro sorrir travesso.
Me leve para aonde quiser, pois, quantas vezes já não errei e me diverti com minhas inconseqüências atada, ás algemas da imaginação.
Me leve para aonde quiser, não irei nem, mais hesitar!
De sua malicia, eu espero beber mais e mais como, a vinho tinto.
A meia-noite seremos, livres de nossos receios e medos.
E esconder isso, sufoca, é uma tarefa tediosa demais, não poder fazer aquilo que se quer.
Eu não sei, por quanto tempo vou agüentar mentir, dizendo que, não lhe quero mais.
Seu perfume, seu caminhar, há algo em seu charme arriscado, que me atrai.
 Ainda, por mais que não queira admitir, seu rastro está em mim!
Deve ser algo, que eu não sei bem o que é. Talvez, um tic-tac sexual, um pavio, prestes a se ascender.
Confesso que prefiro, correr riscos do que me deitar mais uma vez, só!
Meu erro é sofrer, de uma febre de amor e não conseguir evitá-la.
Meu erro é me contentar dia e noite, com um simples silêncio quando na verdade, espero escancarar, o que me falta até então, por confessar.
Em pensar, que por quanto tempo já não fiquei longe demais, dos portões do céu.
Será que, então resolveram me expulsar de lá?
Mas, que será que fiz de tão ruim assim..Em pensar, que para mim são apenas, coisas tão naturais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário