terça-feira, 7 de outubro de 2014

Mais um poema de domingo!

Soneto das Cerejeiras P or: Maiara Cecília E em cada, estrela que eu virei á contar. E em cada, concha que eu virei á procurar. Teu rosto me será, como que a uma linda pérola trazida até mim, pela brisa fresca e macia então do mar! E em cada sopro do vento virei até que enfim, á pensar que se acabarão os meus mais íntimos tormentos! Ah, quem me dera pudesse ter ainda sim escolhido vir á trilhar o mesmo caminho até os céus contigo. Ah, quem me dera pudesse ter a chance de escolher para que perdurasse o que outrora me foi apenas, um sonho. É claro que, se não fosse pelo destino tal anjo ainda em um vislumbre me faria sorrir. Sorrir, é claro como que a uma eterna criança a brincar pelos mais verdes montes!. E eras tu meu amado que naquilo em que me pareceu ser apenas, uma memoria e não um sonho que veio até mim, como que a mais bela rosa que já existiu! Tal rosa veio até mim, em graça e fragilmente se aconchegou pelas montanhas em meus braços quando, ainda se fazia a primavera!. E lá naquela terra encantada, tudo era apenas as canções de ninar e os sorrisos mais cegos que já, houveram até então de Amor. Mas, agora voltando ao que sou e talvez, para tudo o que tenho nada mais disso importa. Pois, se tu vieres a pensar bem em cada esperança de felicidade há calado dentro de um poeta uma angustiante solidão! Ainda que, esse mesmo homem venha á estar cercado de inúmeros outros homens e de muitos tesouros. E em cada sorrir, até nos lábios mais tímidos pode-se encontrar a chance de que dali venham á luz também, muitas mentiras! Então, vai-te embora. Pois, já é chegada á hora de as ondas se abrandarem e de se fazerem mais solitários cada vez mais sendo assim, os meus dias. Dias estes em que hei, de passar sem ti! Afinal, irei talvez adoecer mais e mais por dentro... Já que a saudade me acolherá em seus braços como que, a uma filha. Mas, antes deixe-me sentir como que pela ultima vez o calor de seus beijos agora tão frios! Porque, mais cedo ou mais tarde hei de fechar os olhos, e já tendo lhe pagado a minha divida com os meus poucos tostões, irei partir pudera bem mais feliz! Pois, quem sabe assim eu irei ao teu encontro mesmo que as flores das cerejeiras já tenham caído por fim, ao chão. E quem sabe, assim o que antes era apenas um sonho possa vir á ser tão mais verdadeiro o quanto eu me dou por ainda, infelizmente imaginar. Até porque a morte e a vida, tornam-se um só! Desde que, assim como que ao sol e a lua eles não venham como a irmãos a entrarem em conflito. Pois, aquele que primeiro vier a manchar a sua espada, também é o primeiro que se atreve a fugir depois de ter causado sem duvida, toda a desavença entre os demais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário