terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Máquina de escrever dia 02-01-18, certo!

Por: Maiara Cecília

Nós mais uma vez cambaleantes em nossa coreografia de amor acirro e felino!
Nossos casacos deixados num canto.
Á meia luz, tudo era tão aconchegante e convidativo... 
As outras pessoas sempre pedem para que eu tenha um pouco  mais digamos que, de juízo mas, ai eu não acabaria arriscando minha sorte por um pouco mais de emoção, não é mesmo amigo leitor?
Que graça teria em fazer o que as outras pessoas já fazem milhões de vezes?
Sua camisa sem dono para cobrir deixada na maçaneta da porta, ais e afins as quatros
paredes se pareciam ternuroosamente tão bons.
Era um típico tour inebriante em cima do telhado era miau daqui miau acolá e íamos
arranhando o começo de mais uma noite horizonte azul Hortência assim.
Disputa por espaço no estreito colchão de  repente, alguém esbarrou no criado xi, e ai o
abajur se espatifou no chão!
 Sorte que o que trincou foi a lâmpada ele ficou meio que tortinho pendendo para esquerda mas, até hoje eu costumo olhar para ele e dar risada me lembrando do sufoco que passei para esconder meu gatinho predileto, no armário enquanto meus avós estacionavam o carro na garagem.
Improvisei, com o resto das quinquilharias e encontrei um espaço bem rápido cochichei:

 - Fica bem quietinho que toda essa confusão  eu vou tentar contornar ,volto já.

e não é que milagrosamente o acaso resolveu cooperar?
O pessoal resolveu, dar mais uma voltinha na praça e  finalmente consegui convencê-los
de que um pouco de “ar puro” não fazia mal para ninguém , pelo contrário inventei ainda na verdade uma conversa á toa de que revigorava o ser.
 Aliás, ainda se fazia um fim de tarde tão bonito.

Depois voltei num instantinho e confirmei que novamente estava tudo certo
Voltamos assim, para a nossa festa e naquele momento era a nossa algazarra o que realmente realmente mais então importava.
Mas ,pensava comigo mesma também meio que, até intrigada no sentido de que o único jeito dele conseguir  voltar para casa seria ao invés, de descer ás escadas sumir calçadas á fora pela minha janela bom... 
Em todo o caso esse infelizmente foi o jeito que encontrei, até por que em poucos minutos meus avós estariam em sua corriqueira soneca, e não era apenas este o problema:
 O quarto estava uma bagunça, a mobília já não mais  estava no seu  devido  lugar.
Recolhemos tudo, e na verdade acabamos ficando apenas com um beijo desesperado
de boa noite (confesso que, é  muito chato quando chega o momento da despedida).
De repente ,alguém do outro lado já ia abrir a porta:

- Nossa! meu coração foi à garganta e voltou, tratei de abrir a janela.
E dizia para ele sem demora: foge meu doce amor, antes que te encontrem aqui!
Ele sumiu tão depressa que quando eu me virei não tinha mais ninguém até onde as
retinas alcançavam.
Puxa, que alivio para ele pensava em que confusão eu o havia colocado!

Uma pergunta soou no ar:

- Maiara você está bem minha neta?

- Você esteve bem aqui em casa sozinha?

Prontamente eu  respondi, voltando a cena da leitura de um bom livro em minha cama:

- Sim vovô estava lendo até conseguir dormir, e como foi o passeio?

Ele abriu á porta passou os dedos no bigode grisalho enquanto, observava a estranha
calmaria e a arrumação da casa andou e andou fitando a mobilha:

- Foi normal, na verdade eu não tenho mais tanta disposição para caminhar por muito tempo,sabe!

- Ah certo , respondi  ainda suando frio por dentro torcendo para que Deus ou qualquer outra força maior não me deixasse naquela saia justa, fingi estar dormindo feito a bela 
adormecida, mais do que qualquer outra apta atriz é lógico que interiormente não estava
acreditando na confusão em que escapuli .

Estava rindo á beça e pensava comigo “É... minha cara amiga, máquina de escrever o
que seria da efervescência das minhas juvenis peraltices sem você”
Enquanto eu a admirava ainda sim naquele mesmo fim de tarde de domingo,  toda reluzente no mesmo lugar da estante. 

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