terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Capítulo extra de Bordel O sótão dia 01-10-18, certo!

Por: Maiara Cecília

E então a pequena Chantilly após ir observar a monotonia por entre as janelas do seu quarto de paredes brancas e vazias.
Ela se lembrava, do sabor inconfundível daquele única e fresca cereja em uma porção tão impensada que poderia lhe custar a própria vida, feita simplesmente de massa e açúcar!
Até que, ao fechar os olhos por um instante lhe envolvia a maciez do seu então cobertor quentinho e das janelas ela poderia ouvir mesmo que sem esperar o barulhinho da àgua correndo... E ali era muito provável que se poderia encontrar mais flores naquele lugar mágico, se ela pudesse enfim algum dia vir á explorar ainda mais os mistérios que poderiam estar muito mais além das colinas que agora estavam cobertas pela neve.
E bom... Ela começou a repousar devagarinho , bem preguiçosa e cansada aliás, de mais um dia! 

Um dia em que ela não fazia ideia sobre que rumo ao certo ela poderia vir à dar então a sua própria existência!
E era essa uma incerteza tão mais gélida e quase que tão incurável quanto já estava sendo para ela principalmente no que diz respeito, às sensações físicas o mês de Maio.
Até que, novamente ela se viu de repente, subindo as escadas e deixando para trás naquele momento o que lhe parecia ser na sua mente e no seu mais intimo a sua terrível página em branco.

Mas, até então ela não conseguia entender o por que ela estava lá olhando para a madeira e para o estreito espaço à meia luz e empiorado que era o sótão .
 Bom,era apenas um lugar em que se poderia conseguir desvendá-lo quase que através de uma passagem secreta, puxando uma corda? 

Seria isso, quero dizer que até mesmo para que se consiga desvendar os mistérios mais ocultos de uma pequena bailarina talvez, seja necessário que esse certo alguém se atreva a enxergar algo que está muito, muito além do seu olhar, da sua pele ou mesmo que, da leveza de cada um dos fios então dos seus cabelos, quem sabe, hã?
Mas, talvez seja essa a crucial questão de toda a charada: 

O sol talvez, nunca se ponha sem antes dar á um alguém na terra um pouco mais de calor e luz, mesmo que essa pessoa entre bilhões mais na humanidade nem sequer, tenha lhe pedido no fim das contas, pois, é... Coisa alguma!    

Porém, haviam em meio ao cômodo uma janela alta e quase aberta. 
Se não fosse é claro que pela cortina que trazia um pouco mais do escuro, se é que já não havia toda a noite em si lá fora.

E uma vela, e a menina apenas depois de fechar as cortinas sentou e ficou observando como que, uma coisa tão pequena assim, poderia trazer muita luz como uma clarão e lhe aquecer tão depressa assim ao mesmo tempo, não é verdade?

E lá estava ela fria Chantilly quase que imóvel e deixando-se encantar pelo o seu próprio silêncio.
 Sem diário, sem por enquanto pensar tanto em morangos daquele jeito e ela estava lá tentando se isolar um pouco mas, também tentando passar pela importante descoberta de se reconhecer como sendo um alguém,sabe.
Um alguém que agora até então lhe parecia que estava que estava de fato desabrochando para algo muito bom, algo muito acolhedor e incrível talvez, tão mais o quanto ela naquele momento poderia vir a imaginar, não é! 

Porém, logo ela ouviu um sussurro: 
- Ah, minha pequena Branca de neve ainda está sem sono?

-  E como você mesma há de insistir tem razão querida, o mundo é um lugar mágico!
- Principalmente quando você se deixa surpreender... Quem sabe, não é mesmo quando nós nos revelamos mais e mais a cada noite talvez.

Porém, chantilly não fazia ideia do que Richard estava lhe falando mas, os poros de sua pele estavam em alerta toda vez que ela podia sentir o seu hálito quente bem próximo do seu rosto.
 O que a deixava ainda por alguma outra razão que ela desconhecia vermelha. Vermelha por corar igualzinha a um morango!

Por isso, ela se sentiu bem menos corajosa já que o seu corpo estava um gelo assim, como as paredes que ironia,do seu próprio sótão.
Mas, novamente ela ficou sem entender o que se passava:

- Ah, bem sei que talvez eu estivesse me sentido meio triste hoje mas, eu não o chamei pelo o que eu me lembro!

- Ou será que, ele sabe quando eu me sinto perdida, hã?

Então ele lhe respondeu:
- Ora, eu vim por que... você me quer e nada mais importa, certo!

- Ou será que querida, eu talvez tenha alguma vez me enganado,hã?

- Pois, você sorri quando eu apareço sem esperar, não é mesmo?

-Você me sorri como se não houvesse outra razão tão mais importante para você no mundo inteiro e agora que nós estamos aqui, deixe que eu consiga saber o que se passa ainda mais nos seus pensamentos, minha flor! 

Mas, ela novamente apenas o olhava sem saber se ele lhe dizia coisas que talvez, viessem a fazer sentido.

Porém, de repente após uma pausa ele a beijou primeiro atrás da orelha e depois foi envolvendo cada centímetro do seu corpinho tímido em seus braços e ela podia pensar que naquele momento ela sentia que o seu corpo na verdade, se arrepiava até o mais fino contorno do seu umbigo e ela não sabia como reagir diante daquele tudo porque o silêncio a consumia e a sua consciência se contorcia também pois, ela se sentia naufragando em um oceano macio e profundo, tanto que ela estava tensa e não conseguia de nervoso respirar!
E ele cada vez mais insistia em suas palavras mais irresistíveis  e a única reação que ela conseguia expressar era a de piscar os olhinhos enormes e dizer várias e várias vezes para se mesma: 

- Minha nossa... 

- Ai, puxa vida!

E ele continuava sorrateiro: 

- Ah, minha doce Chantilly e você é que ainda duvidava, de que um dia eu iria lhe mostrar como todo o Amor é doce, igual a uma xícara digamos que, de chocolate quente, e o Amor ás vezes pode vir a ser tão doce que apenas uma noite não é o bastante, não concorda?

-  E eu sei, ah como eu amo quando você não consegue esconder de mim essa carinha de que sabe, o que quer bem lá no fundo, no fundo  minha amada.

-  Minha bonequinha, mil vezes mais exigente e mimada!

- E que foi é claro que bem mais mal acostumada não é mesmo, por mim. 
- Pois, eu sei que ah todas as noites que você ainda  pensa em mim!

- E faz aquele risinho corado e manhoso cheio de desejo no fundo, bem lá no fundo não é verdade hã?

-Ah, pois já é mocinha.

-  E mocinhas ás vezes, são criaturinhas curiosas.

-  Pois, querem saber de tudo e mais um pouco daquilo que muitas vezes elas até veem mas, que não sabem como se é.

- Mas, essa é a graça meu bem, porque com a imaginação muitas vezes também quando menos se espera se pode ir longe!

Mais longe, não se preocupe está bem.

-  Do que você talvez, possa pensar agora.

- Mas, mocinhas muitas vezes não aprendem certas coisas olhando apenas, para um livro que seja de Física ou  mesmo que de Química não acha, hã?

 - Pois, essa na verdade quando se trata então da natureza humana me ouça, é apenas a Teoria!

-E meu bem, eu vim aqui para lhe dar todas as respostas que me forem possíveis se você assim desejar no que diz respeito á pratica,está bem. 

- Então, feche seus olhinhos assustados e relaxe:.

 - Até porque, puxa você vai demorar para acordar pelo visto, sim.

- Ouça apenas o som da minha voz e descanse um pouco pois, você tem andado tão estressada pobrezinha!

E ela sentia, sentia aqueles puxões e nós no estômago como nunca tinha sentido antes e ainda mais agora que as janelas e portas estavam fechadas.

E ela sentia os joelhos dele sob as suas perninhas amiúdas e suas costas pareciam estar se contorcendo enquanto, ela mesmo tensa estava tentando manter o ritmo da sua respiração. 
Seu cabelo estava sendo puxado e mesmo assim ele a prendia com força pela cintura com mais força sem esperar por soltá-la.

 E ela queria, queria resmungar de algum jeito mesmo que baixinho para lhe dizer que ainda, não!

Mas, ela não conseguia lhe dizer coisa alguma porque toda a vez que ela tentava ele teimava e lhe mordia, mordia ainda mais os lábios e assim, ela estremecia. 
Enquanto, ele a devorava e a percorria enquanto deixava rastros de saliva até o mais fino contorno desde o seu pescoço, até o umbigo... Numa ida e volta despreocupadamente. E assim, ele lhe tirava o ar em que ela poderia ter a chance de estar respirando para poder usar os dentes e devagarzinho descer mais e mais 
até tirar-lhe a saia sem que ela tivesse como compreender o que acontecia de fato.·.

E ele ainda mais lhe dizia:
- Ah, como eu te amo tanto, tanto... 

- Que eu queria tê-la só para mim se pudesse!

- Mas, ah ainda é muito grande a sua timidez, sabia.

- Porém, eu sei que com mais jeitinho que logo você vai dizer, que sim!

- Que então, eu posso não é meu amor...
Mas, ela ainda não entendia porque ele não lhe deixava naquele momento responder pois, prontamente ele a mudou de posição e o seu cabelo comprido como o breu sem querer se desarrumou, e ela enquanto se perdia em seus enormes ombros na tensão se sentia cega em meio ao seu calor, e carinho... Ou será que, isso era apenas dor?

E ela ainda atinou a si mesma:

- Mas, o que será que ele está pensando afinal, hã?
E ela cada vez mais se arrepiava e tremia:

-  Que ele pode o quê, hã? 

- Pois, eu ainda não entendi.

Até que ele lhe disse:
- Ah, como você é tão doce minha Bonequinha porque agora você aos poucos não está mais tentando disfarçar para  mim!

- Porque eu sei, que mocinhas gostam de fazer travessuras, não é mesmo, hã?

- É sim, mocinhas gostam de fazer travessuras no meio da noite!

-É sim... Porque de repente, elas passam a querer se exibir com saias e vestidos á portas fechadas a um alguém tão próximo como eu, não é mesmo?

- Ora, é a verdade!

-  Pois, como você bem sabe logo, todas as coisas mudam e os sapatos de salto passam a tomar o lugar dos bichinhos de pelúcia, mas a poeira não consegue encobrir muitas, muitas de suas vontades não é?

- É sim, eu consigo ver como você está mudando e mudando...

- E como as coisas passam tão depressa, não acha?

- Pois, bem diante de mim eu estou olhando agora para uma pessoa que vaI além do seu tempo e que bom, talvez pensa e diz certas coisas que uma criança não diria.

- Ou será que, ela diria?
E ela ainda mais o ouvia mas, ela tinha que concordar que ele era bem mais esperto e presunçoso do que ela imaginava. 

Ela apenas o ouvia então porque não sabia o que lhe dizer.

Até que, ela resolveu titubear para si mesma:
- Ai, porque será que de uma ora para a outra eu estou sentindo tanto frio desse jeito.

- E Humm, me parece que ele está sendo uma charada mais difícil de ser desvendada até 
então por mim por que... Bem, eu não sei o que ele tanto quer de mim afinal.
E tendo mais uma ideia em mente ele a deixou que se apoiasse em seus ombros bruscamente:

-Bom, e pelo que me lembro você não me obedeceu daquela vez, não é verdade, hã?
Ele riu. Mas, ela, porém mesmo tentando se segurar começou a sentir que o seu eu interior dava voltas e mais voltas.

- É sim, eu me lembro que você não sabia o que mais pensar ao certo sobre mim. 

- Mas, eu posso meu amor, me diga... –Ele tornou a repetir, a Chantilly.
Entretanto, a única coisa que ela conseguia pensar era:
- Ai, assim não pois, as minhas costas estão doendo demais, sabia!
-  E caso, ele não tenha percebido o que eu estou sentindo é a madeira e não o tapete, ouviu.
E ela ainda resmungava para ela mesma:

- Ai, como eu tenho vontade de ficar tão brava ainda mais a essa ora com ele mas, a única coisa que eu posso fazer nesse momento  é tentar mudar de expressão.

-  Ai, que droga apenas isso!

- Bem, já que não me resta outra alternativa eu vou tentar...

E assim, ele logo pode reparar que ela não parecia estar nada feliz:
- O que houve, hã?

-  E por que você está assim?

- Meu bem, foi algo que eu fiz de errado?

Até que, ela apenas lhe disse:
- Eu estava esperando que você pelo menos fosse um pouco mais delicado!

- Entende, que você pelo menos me dêssse um pouco mais de... Romance. 

Ah, eu  te entendo. - Ele a olhava.

Mas, ela estava nervosa e sentindo-se zonza e não conseguia ficar brava por muito tempo com ele porque ela também tinha receio de estar sendo quem sabe, exigente demais para com ele então naquele momento.  

  E assim, ele então a colocou novamente em seu colo e passou a puxar o seu cabelo.
O que ela acabou estranhando porque o que ele estaria fazendo já que, ele parecia não estar dizendo coisa alguma ainda a ela.

-Viu, como eu sei de minha Princesinha Mimada!

-Pois, quando eu não faço o que mais lhe agrada logo então perde o sorriso e faz beicinho... Fica, brava!

- Mas, depois tudo passa se eu volto atrás e lhe faço mimo.

- Ora, faço nada e deixe praga de me aborrecer, hã? - esbravejou a menina interiormente.
Porém, ele teimosamente continuava:

- Ah, me diga eu posso meu amor...

-Mas, cargas d’ água ele me perguntou se pode o quê?- Ela cada vez mais atinava.

Ate que ele finalmente então lhe confessou baixinho:

- Lhe dar bem mais de mim, talvez... Agora! 
E enquanto ela se apoiava em seus ombros ela sentia ainda sim, aquele nó na garganta e o seu cabelo sendo puxado com mais força.

 Mas, ela não queria lhe dizer mais nada pois, naquele momento o que mais a perturbava de fato, era o frio.

Mas, ele cada vez mais a segurava e tornava a lhe repetir:
-Ah, mas porque está assim tão quietinha e triste...

- Você por acaso está com frio, hã?

E ela então, fez que sim com a cabeça e finalmente conseguiu encontrar mesmo com muito esforço um pouco de ar para poder enfim respirar.

E assim, ele resolveu pensar em uma outra ideia mesmo que de ultima hora
-Está bem, então já que você prefere prolongar isso... 

- Eu trouxe uma coisa para você!

- Bem, talvez... Eu pensei que isso iria deixá-la mais calma, não é mesmo?
Ele lhe sorriu. E ela sentia aquele aroma delicioso no ar o que só poderia significar uma coisa, a mais maravilhosa e inconfundível de todo o universo... Isso mesmo, Morangos! 

- Hmm, Morangos!

- Puxa, eu quero...

-  Quero muito, isso nossa. - ela exclamava para si mesma enquanto um enorme morango ocupava a sua boca sem que ela estivesse esperando por isso.
Até que, quando ela tentava terminar de mastigá-lo ele mordeu mais forte a sua orelha o que a fez pensar mais do que apenas, no sabor das frutinhas:

- Quer mais, hã?- Ele lhe perguntou então.
Mas, ela só conseguia resmungar:
- Puxa, se tudo continuar assim eu acho que, eu vou acabar ficando sem uma das minhas orelhas, que coisa!
Ela então fez, que Sim até que outra vez ele lhe perguntou:

- Mas, meu bem qual dos dois, hein?

E ela infelizmente acabou deixando- o sem resposta.
Então, novamente ele lhe deu mais um morango mas, até que ela conseguisse ganhar fôlego para poder terminar de mastigá-lo ele percebeu que ela iria demorar um pouquinho mais e assim resolveu, prosseguir com a ideia que tinha em mente:

- Quando você não quiser mais me avise, sim...

- Quer mais, um? – novamente ele então lhe perguntou. 
Enquanto, ela engolia em seco o seu nervosismo ao mesmo tempo. 
E ela então tornou a fazer que sim, com a cabeça. Mas, o seu coração estava escalando o topo da sua garganta enquanto, ela o observava ali tão incrivelmente persuasivo e ao mesmo tempo tão mais  confiante bem na sua frente a devorando cada vez mais sem parar com o olhar!
E como uma espécie de reação em cadeia ela cada vez mais ficava inevitavelmente vermelha e perdia as palavras.

-Puxa, isto está... Doce e surpreendentemente mais fresco também! - dizia ela para si mesma

- Isto, está sim... 

- Está muito gostoso, eu tenho que admitir!
- Eu até queria mais um mas, no momento ainda falta algo eu acho.
A menina então continuava com as suas conclusões mesmo que interiormente.

E por isso, ele então teve sem demora mais uma ideia: 

- Ah, sim minha Princesinha eu também sei o que você procura.

-  Mas, não se preocupe que eu trouxe um pouco mais de leite.

- Mas, deixa que eu pego só um pouquinho pra você. 

- Senão, você vai acabar fazendo bagunça, está bem.
E ela então tomou um pouquinho do que estava no copo e pelo visto o leite estava morno e delicioso!

Mas, quando ela achou que ele já tinha se cansado de aborrece-la ele então derramou um pouco de leite até o seu umbigo o que fez, com que ela sentisse arrepios e cócegas mas, ela sabia que se ela risse que ela então acabaria corando outra vez.
Então, ele ainda mais deixava rastros de saliva por toda a parte e ela tentava não se mexer pois, o seu estômago parecia estar em meio aquela tensão se desdobrando.
Contudo, ele cada vez mais a percorria doce e lentamente e beijava desde os seus dedos das mãos até onde ela não mais pudesse avistá-lo pois, ele ia e vinha fazendo com que o seu coração disparasse em mistura de sensações entre euforia e de receio também.
 Até que, ela tentou se afastar naquela ora mas, ele foi mais rápido e a puxou então de volta pata si.

 E ele ainda lhe sussurrava aos ouvidos quase que sem cessar:
- Não meu amor, não me abandone pois, eu te amo tanto!

- Tanto que, eu não suportaria não mais lhe ter para mim em meus braços assim, tão mais satisfeita!

E ele ainda lhe perguntou enquanto, a beijava e a segurava insistentemente:
- Você me quer, não quer?

- Ah, meu amor... Seu rostinho não mente, sabia!

- Pois, eu duvido que se amanhã eu não mais voltar que você vai estar tão mais, indiferente assim, não é.

Então, ele a colocou de costas e a fez sentir que estava solta o que lhe parecia ser uma fivela e enquanto ele mordia sua orelha ele ainda mais lhe confessava:

- Ah, como eu gostaria tanto se eu pudesse de deixá-la feliz!

- Mas... Eu também, não posso lhe obrigar não é a fazer uma coisa que talvez, você não queira.

E cada vez mais ele teimava:
- Ah, meu amor... Como eu te amo tanto!

- Tanto que, eu seria um imbecil se talvez algum dia, eu resolvesse sem mais nem menos, deixá-la de lado.

- Venha até mim, querida.
- E tudo, tudo em meus braços será doce... 

- Isso, eu lhe asseguro!

- Não precisa ter medo. 

-Ora, confie em mim pois, eu não irei desapontá-la, está bem.

- Afinal, eu sei o que você tanto quer... Não se preocupe, minha Mimada Branca de Neve. 

Porém, cada vez mais ele a mimava sem cessar e ela naquela tensão sentia o seu corpo se aquecer mais depressa e a sua respiração também acelerava...
E quanto mais ela tentava fingir que nada acontecia, mais ele ia e vinha e aquilo ficava mais forte e o seu abraço a envolvia,  a sufocava pressionando o seu corpo por inteiro.

Até que de repente, ela sentiu que todas as suas forças haviam se esgotado. E como que em um beijo ele lhe mordeu os lábios quase  que levando um pedaço sem mais nem menos, dela consigo e ele ao terminar de por a camisa, acabou deixando-a sozinha.
Sozinha, ainda quase que fora de si e extasiada!

E foi tudo praticamente tão real, que quase que em salto da cama ela poderia sentir mais de perto ainda sim, naquela noite abraçada ao travesseiro o doce sabor quem diria que,  daqueles mesmos morangos.

 Pois, tudo o que ela vira ali agora se tornara mais um segredo. 
E mais um capítulo pudera que,  das suas memórias e das suas sombras também.

- Mas, por que Morangos, frutinhas, frutinhas e morangos isso estava acontecendo?- Ela se perguntava.

- Por que, eu não soube conseguir escolher e nem mesmo que dizer a ele, hã?

- Se bem, que era esse talvez mais um motivo para ela se preocupar e sentir sem dúvida que cada vez mais as suas bochechas poderiam estar corando pudera, que  de vergonha como ela havia se deixado levar assim...

Afinal, agora esse lhe seria mais um dos seus enormes problemas: Porque é... Ele já sabia, de fato o que ela estava tanto pensando à aquela altura.

 E era uma coisa que, até o bom Deus lá do céu e os anjos talvez pensando bem, duvidassem como já dizia o ditado.

Mas, como ele conseguia perceber os anseios do seu coração e ao mesmo tempo, querer roubar assim e virar do avesso praticamente a sua alma?

- Como?

-Como ele poderia ser tão indescritível, e tão traiçoeiramente indecifrável assim? - A garotinha ainda sim se perguntava.

Até que, finalmente Chantilly conseguiu despertar do seu tal sonho que na verdade mais lhe pareceu ter sido muito mais do que apenas, um mero sonho.

Mas, agora infelizmente ela tinha que ainda se sentido um pouco mais tristonha admitir para si mesma que o seu tão mais adorado e tão mais indecifrável bichinho de estimação já não estava mais aquela altura ao seu lado.
E pensando bem, ainda estando sentada em sua cama enquanto o dia mais preguiçosamente e  mais alegre amanhecia ela tinha que admitir para si mesma que querendo ou não que, Richard estava certo!

Pois, surpreendentemente ela se viu  sentindo-se completamente em um estado de profunda melancolia já que quem de uma certa forma trazia muito mais prazer, ternura e saliva para a sua vida assim que para cada pedacinho do seu corpinho tão mais frágil e mais rosado não estava não, mais como ela tanto, desesperadamente desejava bem lá no fundo, no fundo ao seu lado e também que apesar de tudo com as luzes apagadas, no seu quarto, no seu porão, ou mesmo ainda que, fosse percorrendo com a língua cada pedacinho também que do seu coração, da sua que fosse a colocando espremida em um cantinho do seu tal chuveiro.
Ah, como seria tão mais delicioso se ela pelo menos pudesse um dia ter a chance de voltar a sentir aquele cheirinho de lavanda!

Ah, se ela pudesse pelo menos quem sabe um dia voltar a ter a chance de poder tocá-lo, de poder sentir a sua língua indo despreocupadamente em uma noite qualquer indo de encontro em um beijo cheio de amor e de vontade de encontro com a sua.

Mas, agora isso já não lhe seria mais algo pensando bem possível.
Até por que, aquele mundo lhe parecia ser tudo apenas, quem sabe um sonho, apenas a sua fantasia.
Até por que, agora ela só podia continuar vivendo nada mais, nada menos do que apenas a sua mera enfim, realidade!  

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