domingo, 12 de maio de 2013

Rosas

Por: Maiara Cecília

Cadê, o meu herói?
Aquele ao qual eu comparava ás rosas, na primavera.
Azuis, lilases e vermelhas, tão belas.
Senhoras quem diria, da inveja!
Agora, tenho meus sonhos lançados, ao vento.
 Eu não sou mais a mesma, me sinto tão distante, tão errante.
Não sei, confesso o quê fazer...
 Até, admiro mais não me encaixo, não me contento como antes, com as vitrines.
Brilhantes, vazias, bebo a lua ainda como que, a água fria.
Fria em angustia, vontade contida de gritar.
Talvez, com algo que ainda não descobri esteja, afinal, aborrecida.
Vamos, ora para a vida!
 Mas, estou em crise, crise talvez, terrivelmente criativa.
Compor talvez, ainda consiga, porém, não como gostaria...
É tão instável, o hipotético.
Não consigo mais desenhar, escancaro um sorrir, mas não sei, a quem enganar.
É tudo já me parece, tão normal, tão mecânico: Desamassar, dobrar, sentar e ouvir.
Esperando pelo porvir.
Quem sabe, um porvir mais seco e arrumado, mais animado!
Quem sabe até, finalmente apaixonado, onde, me sinta completa.
Crise danada tem horas, que me sinto tão infantil, tão boba, encolhida no meu canto.
Mas, em outras que engraçado, por vontade própria, meus medos, espanto e lhe escrevo versos esperando, trazer de volta para o meu vazio, tal encanto.
Reunindo forças, para que possa respirar.
 Para que possa voltar então, a viver!
Viver por Amor, que outro tesouro mais importante, se pode querer?
Por ti, Deus bem sabe que até, se me sobrevier à escuridão da eternidade, estarei disposta a lhe amar, mais de mil vezes.
Doerá em mim, duas mil vezes mais o adeus que, guardarei de seus lábios.
E quatro mil, a angustia de não poder consolar-te se acaso por mim, por meus erros estiverdes ainda, em lágrimas!
O que sei é que, o teu sorrir seria o meu presente mais esperado.
Nada mais hei de lhe prometer, pois, entendo que ansioso esperarias pelo que lhe foi prometido.
Sei que, não posso fazê-lo, pois, agora sou apenas, mais uma peça nas mãos do Destino.
Meus sonhos sem o seu o brilho, são escravos do tempo, levados pelo vento.
 Seus olhos me lembravam a areia, a imensidão, revolta do mar límpido.
Um milagre, um vislumbre repentino.
 O quão, o quão bem lhe quis, meu doce e eterno menino!
  Pena que, não podes jamais, vir, a saber, disso.

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