segunda-feira, 24 de junho de 2013

Turquesa

Por: Maiara Cecília

E então, numa noite vazia me vejo entre o céu e o inferno.
Me rendo a brisa doce, e imprudente do silêncio.
E eu ainda acredito que um dia, falaremos então a linguagem do Amor!
Mesmo que seja, apenas um sonho, o sonho será, feliz.
 E a lembrança, minha secreta perdição!
Quem diria, tão doce com jeito de menino, me fez prisioneira de minhas próprias, emoções!
Tão meigo tão, puritano. Que audácia a minha, de levá-lo a um outro caminho, talvez.
Caminhos doces como que, a vinho tinto... 
O avesso quem sabe, dos planos.
E eu o provaria uma, duas... Tantas vezes que, nem me atreveria a, contá-las!
Seria meu, minha posse, minha penitencia...Seria feliz, carne a carne!
Uma obra prima, o momento tão esperado por Eva.
O caos no mundo, em poucos segundos tão próximos.
Tão, satisfeitos!
Mas, agora que ironia: Se digo, surpreendo quem não me conhece.
E quem, me conhece não imagina que talvez, o cordeirinho possa abrigar
consigo,uma estranha!
Para onde ela irá? Quem ela é?
Até hoje, com sinceridade também lhe  confesso, que não sei.
Porém, o céu é para os bons, os cândidos...E eu talvez, seja no fim uma criatura de certo,indecisa, em cima do muro.
O céu por hipótese talvez, seja aquela memória de campos verdes e manhãs turquesas.
O inferno? Os desejos gritantes, que quando os vivi uma vez, talvez até por tentar buscar paz de espírito e redenção, se reprima.
Se parece como a um vicio, um prazer que não se quer abandonar.
Por mais que saiba que é um erro, erro esse irremediável!
Mas, sejamos uma vez humanos: se alguém, nunca se perdeu em si, oscilou os próprios pés, então...Eu sou só uma menina, uma interrogação torta por toda a vida.
Bobagem, pois, feliz sou mesmo sendo controversa.
Sendo assim, Amante e transviada poeta.
Fique a vontade, para pensar o que lhe convém, afinal o mundo é repleto de critérios!
Pois vou lhe confessar também, que ainda não sei bem se me serviria, agora no impasse em que estou uma aureola.  
De que me adiantaria, ser hipócrita se eu o tenho, em minhas memórias.
Contar? Não mais me atreveria.
Mas o que posso fazer, se o seu perfume ainda sinto...
Se aqueles olhos brilhantes me traem, e os lábios que, não tocarei os espero, língua a língua. Mais e mais!
São lembranças cativantes, mas, também solitárias de quem fora, apenas uma menina.
Então, como opção corriqueira, faço uma prece e junto ao travesseiro, me aqueço
com a idéia de que, o sonho ainda não se esfriará.
Com a mera ilusão, de que a partida ainda não chegou!
Quem me dera, fosse possível, que se repetisse o velho sol, no então presente.
Que não existe, um nome cruel conhecido como: Passado.
Uma caixinha de música, da qual poucos têm coragem para revelá-la!
São amarras, concordo difíceis de serem soltas, os tais medos.
Lembranças azul turquesa, ou seriam escarlate?
Uma duvida e tanto, em tão pouco tempo.
Só sei, que o mundo é o mundo.

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