domingo, 2 de junho de 2013

Andróides

Por: Maiara Cecília
Vem coração iluminar essa vida no fim, sempre sozinha!
Queria seus olhinhos aqui em casa.
Olhinhos de verão, outono inacessível.
Eu faço o que posso, juro para não, chorar...Para não, sofrer.
Sufocando, algo bem maior mergulhando, numa tela imensa de estrelas.
É uma surpresa confesso, fantástica e incompleta ver o amanhecer.
 No fim, acaba tudo sempre, numa reprise: O ode, aos chatos!
 Tudo acaba sempre, num monólogo de castidade.
Puxa vida, Roosevelt, a queixa é algo talvez, programado em nós.
Peças do destino, seres de beleza, andróides no planeta. 
Rapaz, o que faz? Sem saber ainda que, depois de tantos anos:
“Você me têm comendo na sua mão”.
Você, tão inocente é meu carrasco, passa longe o papel de príncipe.
Bobinho, pior que nem sabe, que me tem de bandeja “na corda bamba”.
Quantos, não dariam tudo por o que entreguei á você, ingrato!
Mas, como sempre o que conta é a barbie e o seu mundo todo cor-de-rosa.
O que conta, é andar na linha, seguir padrão, para não perder a pose de bonitão. 
O que conta, é cada um tomar conta dos seus dias.
Em pensar que, era tudo tão diferente, tão mutante no Changrilá!
Era mais quente, depois começou quando, fugia de mim a esfriar.
Não dá mais, quero sair por Deus, desse inferno astral!
Cadê meu vinho?
Não era eu que fazia até então com pecados e saúde, meu caminho?
Eu sei que, agora tenho que cuidar mais é de mim.
Mas, o meu problema maior é não entender porque fiquei assim, para escanteio.
Sem bússola, em cena sem nem, roteiro.
Porém, enquanto estou viva e cheia de graça talvez, ainda faça muita gente feliz.
Talvez, ainda saiba amar, alguém sem fazê-la sofrer, como você tantas vezes, me fez.
Não me leve a mal, mas, não vale á pena insistir com certas, coisas infantis:
O que quê ela têm, que eu não tenho e coisa e tal.
E tal e coisa...
Preciso, parar de me machucar tanto assim.
O problema é que quase, chego a estar na lua por um triz.
Se quiser, me desdobro ainda em mais de mil pedaços, é só me pedir!
Pois, o que é que mesmo, com uma pontinha de ciúmes não faria,
 para ganhar seu  sorriso.
O problema é que não sabe, se Bem-me-quer, ou mal me quer.
Se me dá ainda, um sinal ou então, um ponta pé.
Chega, desse chove e não molha, por favor, meu bem decida-se!
Afinal, me dói muito mais condenar esse Amor que sinto, meu menino.

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